FILOSOFIA ESPÍRITA, ENCANTAMENTO E CAMINHO
Quando assim compreendida, permeia visões de Vida, amplia horizontes, eleva sentimentos, faz fluir, como as ondas suaves de um rio, as virtudes latentes e desconhecidas de seu mundo interior...
Por sua vez, a Música, como parte da Arte que reflete a busca pela própria transcendência balsamiza, inspira, eleva, encaminha à serenidade, à reflexão...
Base Estrutural do ©PROJETO ESTUDOS FILOSÓFICOS ESPÍRITAS (EFE, 2001) - CONSULTE O RODAPÉ DESTE BLOG:
“Seria fazer uma ideia bem falsa do Espiritismo acreditar que a sua força decorre da prática das manifestações materiais (...). Sua força está na sua Filosofia, no apelo que faz à razão e ao bom-senso.” (Concl.VI - O Livro dos Espíritos, Allan Kardec)."O Espiritismo se apresenta sob três aspectos diferentes: o das manifestações, o dos princípios de Filosofia e Moral que delas decorrem e o das aplicações desses princípios.” (Concl. VII - O Livro dos Espíritos, Allan Kardec).
O Título ©Projeto
Estudos Filosóficos Espíritas foi cuidadosamente refletido, tendo em vista que: 1) Deve refletir a natureza da obra espírita, eminentemente filosófica; 2) Deve refletir a natureza do curso; 3) Estudos Filosóficos é também o nome da vasta obra filosófico-espírita de Bezerra de Menezes, e constante da Bibliografia de apoio do deste projeto, com o qual pretende-se homenagear, reverenciando-lhe o trabalho ainda intenso de sustentação a causa espírita no Brasil, nas dimensões espirituais, juntamente com Espíritos da estirpe de Léon Denis, hoje liderando a Falange da Latinidade que igualmente traça diretrizes para a disseminação das ideias espíritas à humanidade;
4) Iluminando o Evangelho de Jesus com as luzes do Conhecimento Espírita, passaremos a trazê-lO ao coração, ao pensamento, à razão, aos atos, às atitudes, vivenciando com pleno saber e plena aceitação os seus ensinos.
Tal é a finalidade do Espiritismo – formar caracteres com vistas ao mundo de Regeneração (vide KARDEC, Allan, Obras Póstumas, “As Aristocracias”, div.ed.), conforme predito nas palavras de Jesus (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.VI, O Consolador, div.ed.), corroboradas pela Codificação Espírita.
Educar para o pensar espírita é educar o ser para dimensões conscienciais superiores. Esta educação para o Espírito implica em atualizar as próprias potencialidades, desenvolvendo e ampliando o seu horizonte intelecto-moral em contínua ligação com os Espíritos Superiores que conduzem os destinos humanos.(STS)
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
CARNAVAL OU MOZART? (UM DIÁLOGO ATEMPORAL)
CONVIDAMOS A TODOS PARA A LEITURA E REFLEXÃO DO TEMA ACIMA; LÉON DENIS NOS PRESENTEIA COM O SEU PENSAMENTO ACERCA DA MÚSICA E DAS ARTES E DE COMO ELAS PODEM TRAZER ALEGRIA, E BEM ESTAR.
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domingo, 10 de fevereiro de 2013
ABRAHAM LINCOLN, VICTOR HUGO E A CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO
Os filmes “Lincoln”, parte da biografia do famoso presidente e “Os Miseráveis”, musical extraído do romance best-seller de Victor Hugo retratam momentos históricos de grande importância para as nações envolvidas: Estados Unidos e França. Ambos concorrem ao Oscar 2013 e a outros diversos prêmios que antecedem ao primeiro, porém, é evidente que estão atraindo multidões ao cinema; sem nos prendermos aos comentários dos críticos especializados vamos direto ao ponto: Abraham Lincoln, que viveu entre 1809 e 1865, portanto contemporâneo de Allan Kardec, e do próprio Victor Hugo (1802 – 1885), igualmente contemporâneo ao lançamento de O Livro dos Espíritos (1857) e, sem dúvida alguma também deve ter tomado conhecimento dos fenômenos que ocorreram em Hydesville (1848), era médium.
Os fenômenos que ocorriam consigo davam-lhe a certeza de que “acreditava-se o instrumento de uma Inteligência situada para além de sua compreensão pessoal. Por esse motivo nunca se perturbou e caminhou com serenidade e tristeza para o seu sacrifício final, sem nenhuma preocupação em ocultar as suas tendências para a pesquisa psíquica, suas premonições, sonhos, visões, suas experiências em sessões de mediunismo, seus diálogos com os desencarnados e sua – até certo ponto discômoda – faculdade de intuitivo.” (Rodrigues, 1967).
O livro de Nettie Colburn Maynard, “Was Abraham Lincoln a Spiritualist?” foi traduzido pelo escritor brasileiro Wallace L. Rodrigues e é um manancial de revelações acerca da vida do Presidente norte-americano, que, em meio a dramas pessoais, ao enfrentamento de uma guerra civil que priorizava a separação dos Estados do sul e do norte, com a morte, ao final, de quase 40.000 soldados, além de outros tantos civis (veja-se “A Guerra Civil Americana”, excelente documentário exibido pela TV Univesp) e que tinha como motivo a escravidão nefanda dos negros nas fazendas sulinas, ainda teve forças para enfrentar a luta política por sua libertação, através da Emenda Constitucional No. 13. A emenda nº 13 é de 1865 e determinou a abolição da escravidão. A emenda nº 15 é de 1870 e estendeu o direito de voto para ex-escravos (leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/10282/direito-comparado#ixzz2KWP37IEf ), portanto, de nada adiantando os protestos, as conspirações e as razões que levaram ao assassinato do presidente.
Mas, infelizmente, o que o filme não relata – nem sequer cita – é o fato de que Lincoln realmente realizava sessões mediúnicas na Casa Branca, onde buscava, junto aos Espíritos, aconselhar-se quanto aos destinos do país que jurara manter unido e em Paz. Após a sua morte (por ele prevista em sonho), sua esposa continuou os contatos com os Espíritos, sendo fotografada por um precursor da fotografia espírita de nome Mumler, com o Espírito do marido ao seu lado, sendo que o próprio fotógrafo desconhecia a identidade da sra. Lincoln.
O livro de Maynard, traduzido sob o título “Sessões Espíritas na Casa Branca” e que também traz os testemunhos verbais e documentais de contemporâneos e pesquisadores da época e posteriores, são um atestado cabal da interferência dos Espíritos Superiores – interferência necessária à época – para que a grande nação não sucumbisse ante o ódio sectarista que sempre ameaçou os seus alicerces, e que se estende até os dias atuais.
Victor Hugo dispensa apresentações. Sua personalidade poderia ser definida hoje como pacifista e ativista de direitos humanos, da defesa dos oprimidos, e da liberdade democrática – a legítima e tão distante liberdade democrática em nossos dias. Defensor da abolição da pena de morte em seu país, traça em “Os Miseráveis” vários aspectos de seu tempo: a miséria moral e material reinante nas camadas sociais mais desprovidas e abandonadas pelos governos e assistência social praticamente limitada e quase inexistente, a crueldade reinante nas instituições penais (Veja-se “VIGIAR E PUNIR”, de Michel Foucault), bem como nas demais instituições, sem mencionar a sua inadequação, o que levava o prof. Rivail, futuro Allan Kardec, seu contemporâneo, a buscar alternativas na Educação, e o extremo preconceito contra a mulher.
Victor Hugo, durante o seu exílio (veja-se a sua biografia no site http://www.filosofiaespirita.org/site/?p=281 ) dá início às sessões mediúnicas onde recebia os mais eminentes Espíritos da história humana, e que estão em parte relatados no livro de Eduardo Carvalho Monteiro, “Victor Hugo e seus Fantasmas”, bem como de Humberto Mariotti , “Victor Hugo Espírita”. Sem contar as inúmeras comunicações pós-morte ocorridas através da psicografia das médiuns Zilda Gama, Yvonne do Amaral Pereira e do médium Divaldo Franco, hoje todas elas compondo o acêrvo das obras mediúnicas espíritas.
A única possibilidade de se captar o lado “transgressor” de Hugo, é na cena final do filme que mencionamos há pouco, quando do momento da morte do personagem Jean Valjean, a presença do Espírito Fantine vem lhe dar a certeza de que ele cumprira a sua missão de vida, ao dar à sua filha, Cosette, toda a dedicação de um verdadeiro pai.
Infelizmente, o materialismo ainda credita a comunicação dos Espíritos à superstição e à fantasia.
Triste “conspiração silenciosa” que dificulta, entrava, retarda, estende a ignorância e o sofrimento às suas milhares de vítimas, no mundo inteiro.
Sonia Theodoro da Silva
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sábado, 2 de fevereiro de 2013
TRAGÉDIAS, CATÁSTROFES, TRANSIÇÃO: o injustificável em análise
As tragédias decorrentes de causas cujos efeitos poderiam ser evitados, porque conhecidos, ou aquelas que ninguém jamais teria condições de antecipar ou interromper o curso, tem se tornado material de curiosidade por parte de pessoas que frequentam o Espiritismo, na ânsia de se buscar as causas reais para tanto sofrimento.
Tempos atrás ouvi uma justificativa relativa aos eventos ocorridos em 2004, por ocasião do primeiro tsunami (palavra até então desconhecida para os padrões comuns) ocorrido na Ásia. Sem apontar pessoas em seus momentos característicos, mesmo porque sabemos que o Espiritismo não tem representantes pois nasceu livre, tal como a doutrina de Jesus e permanecerá livre dos sistemas, das opiniões, e das meras suposições humanas, porque todas estão presas a um lapso de tempo no qual vivemos e construímos os nossos hábitos e costumes, muitos com base no senso comum; portanto, raros são os argumentos que escapam a este condicionamento. Lembro-me que fiquei bastante triste e por que não dizer estarrecida quando a resposta veio pronta e acabada, mais ou menos nestes termos: “todas as vítimas estavam comprometidas com a sexualidade desregrada, numa região em que o comércio de escravas brancas estava concentrado.”
Sem julgar a veracidade da informação, pois todos sabemos que existem locais de muita carência espiritual, de muita penúria intelectual e moral no mundo, haja vista os dramas cotidianos em nosso próprio país, imediatamente vieram-me à mente os mitos da arca de Noé, de Sodoma e Gomorra e tantos outros que ilustraram o imaginário humano, e que formaram o arquétipo do deus que pune todos os desvios humanos, sem piedade nem misericórdia. Na mesma hora lembrei-me das famílias, das crianças, dos idosos, dos jovens, muitos dos quais passando suas férias além de milhares surpreendidos em seus afazeres cotidianos, e que morreram sem sequer saber o que estava ocorrendo.
Admitir tal alternativa seria o mesmo que admitir a teoria nietzscheniana do deus morto. E mais, por ilação, estaríamos criando uma nova geração dividida em blocos distintos: os “espíritas” céticos, e os “espíritas” presos nas catacumbas da fé irracional.
E infelizmente acabamos por concluir que sim, o Espiritismo, continua este “grande desconhecido” (na expressão de Herculano Pires) por grande parte de seus admiradores-seguidores, muitos dos quais – o que é muito preocupante – com pleno acesso à mídia.
E surgem as perguntas: E as mortes decorrentes do recente tsunami no Japão? E como explicar as guerras santas, as guerras infindáveis no Oriente Médio, e os países cujos tiranos destroem a sua população por interesses escusos ou sob o ódio étnico ou religioso? E os países que sobrevivem às custas do mercado nefando de armas de guerra? E o 11 de setembro? E as tragédias ocorridas ao longo de todo o século XX, o mais violento de nossa história, onde crianças, jovens, idosos foram trucidados em todas as guerras em todos os continentes gerando crises humanitárias? Poderíamos prosseguir, pois a lista é imensa.
Sim, somos herdeiros de nós mesmos, de um passado incognoscível... mas quem pode detalhar ou justificar as causas efetivas de tais acontecimentos? Estaríamos num jogo de causas e efeitos infindáveis e eternos como marionetes das Leis Divinas?
Diriam alguns: é a transição... Na verdade sempre transitamos, gradativamente, para novos estágios evolutivos até mesmo numa só existência, onde podemos adquirir/desenvolver conhecimentos, bem como despertar valores e virtudes latentes. Porém, podemos não medir o alcance dos resultados obtidos quando apenas a prevalência do egoísmo permear essa jornada. Talvez aí esteja o nosso verdadeiro drama. Por isso os Benfeitores Espirituais de todas as épocas sempre nos alertaram quanto à necessidade de amarmos e respeitarmos a Vida e ao semelhante como a nós mesmos. Não na posição de ególatras sistemáticos, mas na de semeadores de sentimentos enobrecidos.
O Espiritismo não é um manancial de receitas prontas que tiramos dos arquivos de sua Filosofia para os momentos propícios. O assunto é tão vasto que, sem pretensões de alcançar a verdadeira definição de seu significado, ficaríamos sempre a dever à doutrina de Luz. Os Espíritos que trabalharam com Allan Kardec foram objetivos, suscintos, claros, suas explicações nunca censuraram a conduta humana; sempre foram em direção à educação do Espírito e não à sua condenação. Sempre nos alertaram de que o orgulho por nosso pretenso saber criaria obstáculos ao nosso próprio crescimento, e o que é pior, poderia se alastrar aos demais partícipes desse comportamento verdadeiramente nefasto, principalmente com relação à falta de humildade diante de respostas que não temos, não podemos ter, porque o seu alcance é tão vasto que nenhum de nós poderia prever.
As chamadas Revelações sempre repercutiram no entendimento humano em momentos específicos, onde a maturidade intelectual pudesse refletir e ponderar as suas consequências; contudo, nem sempre o ser humano reflete acerca desses conceitos. Jesus, com a sua linguagem apropriada ao momento psicológico, conduziu ao nosso entendimento, através da Parábola do Semeador, essa dura realidade.
Portanto, façamos como Kardec, que, na abertura da Teoria da Presciência (A Gênese) convida-nos a subir ao topo da mais alta montanha e olharmos, do alto, todas as circunstâncias que permeiam a nossa existência: a Filosofia Espírita traz os princípios que norteiam a Vida Universal como um todo; esses princípios, universais, ensinam que somos partícipes da vida, e não detentores de pretensas verdades.
Quanto aos queridos jovens da cidade de Santa Maria – Espíritos maduros –, que partiram deixando o vazio da sua ausência, o nosso carinho, o nosso respeito e o nosso silêncio. Às suas famílias, as nossas preces, a nossa perene solidariedade. Ao coração ferido das mães e dos pais, pedimos que contenham as lágrimas de dor, mas que permaneçam as lágrimas de esperança, pois eles estão vivos!.
Quanto às ações humanas que originam as dores e os sofrimentos de tantos por força do egoísmo feroz, do orgulho doentio prevalente em pessoas e instituições, fica a gritante mensagem da necessidade da responsabilidade perante a Vida, face a sociedade.
Mas mais do que tudo, fica o peso da triste pretensão humana de acreditar em sua própria invencibilidade, poder e conquista de tudo o que nos cerca.
O Espiritismo está sendo divulgado - o que a sociedade clama hoje é por mudanças estruturais, de base, efetivas e constantes, para que se efetivem os anseios da Espiritualidade Maior a nosso respeito.
Sonia Theodoro da Silva
Bibliografia recomendada para leitura, estudo e reflexão:
Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. V - Bem-Aventurados os Aflitos; Cap.XIII - it.4: Os infortúnios ocultos;
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos;
Allan Kardec, Obras Póstumas;
Allan Kardec, O Céu e o Inferno (principalmente a 2a. parte);
Allan Kardec, Viagem Espírita em 1862 (Discurso III, Uma nova Sociedade);
José Herculano Pires, Curso Dinâmico de Espiritismo;
Francisco Cândido Xavier/Diversos Espíritos, A VIDA TRIUNFA (correio de Luz);
Francisco Cândido Xavier/Emmanuel, Caminho, Verdade e Visa, it. 61;
W. Vieira/André Luiz,Sol nas Almas, Cap. 29, Defesa da Verdade;
Platão, Apologia a Sócrates.
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